16 de maio de 2012

Nordeste se consolida como 2º maior empregador

Embora a região Sudeste mantenha a liderança na quantidade de pessoal ocupado nas empresas do País, a região Nordeste se consolidou na segunda posição, desbancando a região Sul mais uma vez, segundo os dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) 2010, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2010, o Sudeste ficou 51,1% do pessoal ocupado assalariado no Brasil, enquanto o Nordeste empregou 18,4%, e o Sul concentrou 17,0% da força de trabalho assalariada.
"A região Nordeste emprega mais do que o Sul, mas é a que paga pior", ressaltou Kátia Cilene Medeiros de Carvalho, analista da área de Planejamento, Disseminação e Análise da Gerência do Cempre, no IBGE.

O Nordeste figurou em terceiro lugar no ranking das regiões para a massa de salários paga aos trabalhadores, com uma fatia de 14,1%. O Sudeste liderou a lista, com uma concentração de 55,5% da massa salarial, seguido pelo Sul, que pagou 15,4% da massa salarial do País.

"Mais de 60% dos empregados do Nordeste estão concentrados na faixa de um a dois salários mínimos. Talvez isso aconteça pelas características das atividades da região, que talvez paguem salários um pouco mais baixos", avaliou a pesquisadora do IBGE. "A Construção foi a atividade mais importante na geração de empregos na região Nordeste, por exemplo", notou.
No total do País, a principal atividade geradora de empregos em 2010 foi o Comércio, seguido por Indústria da transformação e Construção. A participação do Comércio nos empregos gerados em 2010 foi de 22,0%, enquanto a Indústria teve uma fatia de 18,6%, e a Construção foi responsável por 13,6% das novas vagas.

fonte:Agencia Estado

10 de maio de 2012

Franquias lideradas por mulheres faturam mais

Após assumir uma loja problemática da rede franquias Mega Matte, Constance Acosta surpreendeu os diretores da rede com os resultados da sua gestão. A unidade, inicialmente comandada pela própria franqueadora, fica dentro de uma galeria pouco movimentada no centro do Rio de Janeiro e apresentava faturamento abaixo da média – a receita mensal de cada unidade é estimada em R$ 70 mil.

Desde que Constance assumiu a loja, há dois anos e meio, não apenas conseguiu atingir a meta como a superou em 10%. A reforma da unidade e da própria galeria são alguns dos motivos que a ajudaram a alcançar esse resultado, mas segundo pesquisa da Rizzo Franchise, é possível que um outro fator também tenha tido influência na melhora da lucratividade: o fato de a loja ser comandada por uma mulher.

Segundo o estudo ‘Perfil do Franqueado Brasileiro’, realizado no ano passado pela consultoria com cerca de 150 franqueadores, as franquias comandadas por mulheres faturam 34% a mais do que aquelas cujos proprietários são homens. A rentabilidade delas também é 26% maior do que a dos homens. De acordo com a pesquisa da Rizzo Franchise, há 65 mil mulheres operando franquias hoje no País e quase 71 mil homens.

Constance não sabe exatamente o que a ajudou a conseguir melhores resultados, mas tem alguns palpites: “Acredito que as mulheres são mais atentas aos detalhes do negócio, se preocupam mais com a limpeza da loja e são melhores ouvintes do que os homens, o que faz diferença não só com os clientes, mas também com os funcionários.” Para os dirigentes da rede Mega Matte, há ainda um outro mérito na empreendedora: estar presente na loja todos os dias.

Gestão. Uma outra pesquisa feita pela consultoria americana Zenger Folkman reforça a ideia de que as mulheres são boas gestoras. Segundo o levantamento, de 16 competências consideradas cruciais para liderar, as mulheres costumam se sobressair em 12. Entre elas, estão qualidades como capacidade de construir relacionamentos e resolver problemas, facilidade de comunicação e motivação.

Para a fundadora da rede de franquias Pello Menos, Regina Jordão, as mulheres se identificam mais com seu negócio – 70% das lojas são chefiadas por mulheres – e isso faz com que elas tenham mais facilidade para perceber os pontos a serem melhorados.

Já as sócias da franquia Depillah, Gracielle Netto e Raphaella Praça, dizem que a sensibilidade feminina faz toda a diferença na condução do negócio. “Prestamos atenção a cada detalhe, desde o uniforme até o cheio da loja e qualidade dos produtos. Tudo tem que estar sempre perfeito”, diz Gracielle.

fonte: www.estadao.com.br

6 de maio de 2012

Classe C troca geladeira por TV a cabo e poupança


Após sucessivos estímulos do governo para baratear o preço de geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupas --a chamada linha branca-- e aumentar o consumo, esses produtos vêm deixando a lista de prioridades da nova classe média, mais disposta a poupar ou gastar com TV a cabo, telefonia e educação.


A renovação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) foi uma das primeiras medidas anunciadas para tentar impulsionar a indústria e melhorar o desempenho da economia, considerado fraco neste ano.

Como esse instrumento vem sendo usado pelo governo desde 2009, sua eficácia começa a ser questionada. Apesar de afirmarem que ainda há espaço para o consumo, especialistas creem que o ritmo de crescimento das vendas tende a ser menor, mesmo com incentivo fiscal.
Levantamentos do Data Popular, instituto com foco na nova classe média, público-alvo da medida, mostram que serviços --o que inclui o conserto de eletrodomésticos-- representam a maior parte dos gastos das famílias.

O item "serviços", que representava 49,5% dos gastos efetuados em 2002 por esse público, já responde por 65%, segundo a pesquisa do Data Popular, de setembro de 2011.
O trabalho, que indica também que as despesas com a compra de produtos caíram de 50,5% para 34,8% no período, é baseado em projeções feitas a partir do cruzamento de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), ambas do IBGE.
Para especialistas, não há dúvidas de que a nova classe média continua consumindo, mas o perfil está gradualmente mudando, pois a prioridade mudou. "Quem comprou uma TV nova quer TV a cabo; a máquina precisa de manutenção", diz Renato Meirelles, dono do Data Popular.
Para o professor Luiz Alberto Machado, do Conselho Federal de Economia, o impacto inicial da redução do IPI foi absorvido e o nível elevado do emprego está garantindo renda para consumir.

"Ainda há espaço a ser explorado, mas o crescimento marginal desse consumo tende a ser cada vez menor."
Professor de economia da UnB (Universidade de Brasília), João Carlos de Oliveira diz que a redução do IPI não terá impacto "para a vida toda". Ele argumenta que o sucesso da medida também depende da oferta de crédito.

POUPANÇA
Recebendo R$ 800 mensais como diarista, Neide Batista de Moraes, 32, de Águas Lindas de Goiás, comprou um micro-ondas e uma TV nova recentemente. Ainda quer trocar a geladeira, "que está bem velha, soltando os pedaços". Mas, se recebesse dinheiro extra, diz que pouparia para comprar à vista.
"As lojas falam em redução de imposto, mas nem sempre vejo isso", diz. "Anunciam a geladeira como se estivesse com preço menor, mas acompanho e o preço não mudou. Com dinheiro na mão, tenho como negociar melhor."

fonte: FOLHA.COM

3 de maio de 2012

ETIQUETA NO TRANSPORTE PÚPLICO


Saber se comportar nos transportes públicos devia ser questão de bom senso. Como nem sempre é, especialistas dão dicas. Veja como se comportar ou como pedir modos para o vizinho de banco que finge que está dormindo para não ceder o assento prioritário a uma grávida ou que está cortando as unhas no meio da lotação.

Volumes

Sacola de compras numa mão e mochila nas costas? Carregue na mão, perto do corpo, e tente sair de perto das portas. “É algo pequeno, mas que faz diferença no horário de pico”, diz Tereza.

Som na caixa

Música no transporte público, só se for no fone de ouvido. É totalmente errado forçar os outros a compartilharem do seu gosto musical. “Houve um aumento expressivo do uso de aparelhos sonoros e das consequentes reclamações sobre eles no metrô”, comenta Cecília. “A próxima campanha, prevista para esse ano, vai focar neles como um dos temas principais.” Em locais fechados, é educado manter um tom de voz moderado. “Falar alto no telefone ou com outra pessoa é péssimo”, afirma Tereza.

Se seus ouvidos forem vítimas da seleção musical dos companheiros de viagem, para evitar conflitos, é melhor apelar à instâncias superiores. “A pessoa que está ouvindo rádio pode achar que o passageiro do lado não tem autoridade para criticar. O usuário precisa cobrar do sistema de transporte que coíba o abuso”, sugere Ivna Muniz.

Mantenha distância

“Muita mulher é bolinada no ônibus. A gente sente e sabe quando tem má intenção”, conta Tereza. Para evitar esse constrangimento, a tática é usar o cotovelo ou a bolsa para criar um espaço entre o próprio corpo e de quem está encostando. Além, claro, de nunca dar as costas para um homem. “Se você é homem, tente dar um espaço.”

Embarque rápido

“No embarque e desembarque, não segure as portas do trem porque atrasa a circulação”, alerta Cecília. Sempre que um usuário segura portas no metrô, atrasa o sistema todo e causa transtorno a todos os outros passageiros.

Para acelerar o embarque e o desembarque, evite ficar parado em locais de passagem. Deixe o lado esquerdo das escadas rolantes livre. Não fique parado na porta se estiver longe da estação ou do ponto em que você vai descer. O ideal é aproximar-se um ou dois pontos ou estações antes. E, claro, não atropele nem empurre quem está tentando sair.

Boca no trombone

Se presenciar comportamentos que incomodem, use os canais de comunicação com o usuário para reportar o fato às concessionárias da linha, seja no metrô, no trem ou no ônibus. As reclamações dos usuários são um forte indicador do que é prioridade na fiscalização e nas campanhas educativas. “Temos novas ferramentas e tecnologias que tem ajudado, como o 'sms-denúncia'. Começou ano passado e fechamos o ano com 50 mil mensagens por celular, denunciando uso indevido de assento preferencial, gente com pé no banco, fazendo bagunça, vendedor ambulante”, conta Cecília.

Constrangimento educa

Vale chamar a atenção do usuário que esteja sendo mal educado? Sim, desde que seja de forma educada, cortês e discreta. “Falta de educação constrange. Mesmo quem gosta da crítica precisa obedecer as regras. E se a pessoa não for sensível, registre a reclamação”, orienta Ivna Muniz, consultora de etiqueta.

Assentos prioritários

É frequente que gestantes, idosos, deficientes físicos e obesos sejam ignorados por outros usuários, que chegam a fingir que estão dormindo para não terem que ceder o lugar. “Se você já cedeu seu lugar e está presenciando essa situação deve interferir”, afirma Ivna. “Vale até acordar quem está ‘dormindo’.”

Não precisava nem dizer, mas está fora de questão questionar a veracidade da gravidez ou da deficiência de quem pede a vaga. Se a pessoa está pedindo, pode ter uma necessidade específica que a torna mais vulnerável, mas que não esteja aparente. Não é nada elegante pedir uma “prova” de que ela precisa mesmo.

“Quem não tem bilhete único, deve separar o dinheiro antes, para não ficar um tempão caçando o dinheiro na bolsa ou carteira”, diz Tereza. Além de poupar tempo, isso vai diminuir a irritação dos usuários que estão na fila para comprar passagem ou passar pela catraca.

Lixo

“Jamais jogue lixo pela janela do ônibus”, adverte Tereza. Nem todo coletivo dispõe de lixeiras, mas isso não justifica largar vestígios em local público. Se tiver lixo para descartar, como embalagens vazias, guarde até a próxima lixeira. Também não vale jogar no chão nem esconder pelos cantos.

Gentileza gera gentileza

É preferível ceder a vez a disputá-la a tapas. Da mesma forma, se estiver sentado, é gentil se oferecer para carregar bolsas e livros de quem está de pé ao seu lado. “Oferecer-se para carregar as coisas de quem está de pé do seu lado é uma forma de gentileza. E evita que a bolsa fique encostando na sua cabeça!”, diz Tereza.